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Da última vez, tinha “passeado” de metrô FORA do horário do rush, então, apesar dos trens estarem bem cheios não estavam lotados como durante o horário do rush.
Mas vamos lá, vocês vão ver que no fundo, no fundo é uma situação bem engraçada!
Saí do trabalho às 18h e me dirigi ao metrô Trianon-Masp (trabalho na AV. Paulista) em direção ao Paraíso (paraíso?? Ah! Tá!)
De cara, somos encurrados num curralzinho como se fossemos bois indo para o matadouro...é impressionante! Que sensação incrível.
Chega o metrô e, de fora, consigo ver que o lado de dentro já está com lotação máxima...mas isso não faz diferença para os intrépidos guerreiros do metrô Paraíso. Mesmo lotado, assim que abrem as portas, se inicia uma luta, 5 pessoas querendo sair e 1000 querendo entrar...ninguém sai porque quem está fora empurra pra dentro e ninguém entra porque quem está dentro empurra pra fora. Sinceramente, chega a ser hilário!
De repente, eu que ainda estava do lado de fora, sem nenhuma perspectiva de quando entraria, ouço um senhorzinho do lado de dentro: “Vai descer!” “Vai descer!” “Vai descer!” “Vai descer!” “Vai descer!” “Vai descer!”
O senhor entrou num desespero indescritível! Baixinho e gordinho, ele quase foi soterrado pelos intrépidos guerreiros que insistiam em entrar num trem lotado.
Após 5 trens, consigo entrar...ufa! Até que enfim!
Que beleza!! Era cotovelo no meu fígado, sovaco no nariz, aquilo encostado naquilo (nem dava para saber se tava sendo encoxada tamanha a quantidade de pessoas).
Sinceramente, me senti em direção aos campos de concentração em Auschwitz e não ao Tucuruvi.
Uma garota vira para mim, com cara de choro: “Moça, desculpa, mas tão me empurrando...” O que poderia dizer para a coitada?
E vejam bem, isso não acontece só no Paraíso não. Uma vez me “aventurei” às 18h no metrô Barra Funda e a situação é bem pior.
As pessoas se jogam, empurram, correm perigo de ficar presas na porta, enfiar o pé no vão entre a plataforma e o trem...chega a dar medo! Você nem precisa se mexer, porque para entrar, te empurram e para sair, te empurram também...é só seguir o fluxo.
Chega a estação Sé...ufa! 500 pessoas saem, mas para meu desespero, 1000 entram...quem disse que dois corpos não ocupam o mesmo espaço nunca andou de metrô no horário de pico.
Finalmente chego ao meu destino, mas como desgraça pouca é bobagem, ainda tenho que encarar um “busão”.
Enquanto vou em direção ao ponto, vejo um ônibus que me chama a atenção. Seu letreiro dizia “Jardim Filhos da Terra”. Aonde fica isso? É incrível a criatividade das pessoas para criar, não?
Enquanto esperava o ônibus, um rapaz com uma caixa de balas na rua, vira para um motorista e diz: “Ô grande! Posso fazer um merchandising dos meus produtos no seu ônibus?”. Achei graça porque é engraçado que de médico e marketeiro, todo mundo tem um pouco.
Não é discriminação, ok? Ponto para o rapaz, que ao invés de estar assaltando alguém, estava trabalhando, vendendo balinhas e que aceitou com simpatia quando o motorista, com muito mau humor, grunhiu um NÃO!
Peguei meu ônibinhos e durante o trajeto, desta vez sentada, comecei a ler um destes jornais que são entregues nas portas dos metrôs. Para encerrar a noite, uma manchete me chama a atenção e me faz morrer de rir: “Garota é baleada em ônibus. Ela toma um tiro na boca”.
Calma, não sou insensível! Vejam o complemento do texto: “Garota é baleada em ônibus. Ela toma um tiro na boca e engole a bala. Depois da cirurgia, garota passa bem.”
Como assim engole a bala???? Por acaso ela parou a velocidade da bala com a língua e a engoliu para evitar que atingisse algum outro órgão????
“Ops! Acho que engoli uma bala de revólver!”. Foi isso que ela pensou? Com certeza não foi isso que aconteceu, mas do jeito que foi escrito, é o que parece!
Jornalistas, vamos nos atentar como escrever as notícias, né?
Bom, “passeio” encerrado! Por hoje acabou...
Agora me digam, seria possível ver tudo isso de dentro de um confortável carro refrigerado? Claaaaro que não!!! Tem coisas que só o governo faz pra você!
É isso! Até a próxima!