10 de maio de 2010

Mulher


Dizem que a mulher é o sexo frágil, mas que mentira absurda! Eu que faço parte da rotina de uma delas, sei que a força está com elas...

Com esta música do Erasmo Carlos inicio este novo artigo. Por experiência própria e por analisar o que acontece ao meu redor, decidi escrever sobre as mulheres. Vamos lá?

Bom, na época de nossas bisavós e avós, a mulher era chave primordial em seus lares. Não trabalhavam fora (pelo menos não na época de nossas bisas), mas trabalhavam, e muito, dentro de casa. Cuidavam dos trocentos filhos que tinham (é, porque ter 1 ou 2, no máximo, é prática atual...talvez pelo inchaço das cidades ou pela escassez de recursos ou pela falta de tempo), os educava, faxinavam com primor toda a casa, cuidavam da alimentação de toda a família, lavavam, passavam, bordavam, cosiam (alguém hoje em dia sabe o que é isso? Significa costurar) e quando o marido chegava em casa, o recebiam com um sorriso no rosto, com seu chinelo em punho, lhe preparavam o jantar e o banho....só faltavam colocá-lo na cama.

O homem, por sua vez, imagino eu, se sentia respaldado em casa: tinha uma mulher que cuidava de tudo e a ele cabia apenas trazer o sustento de casa.

Pois bem, o tempo passou e chega a época de nossas mães. Liberação sexual, direitos iguais, queima do sutiã (clique aqui e leia mais).

A mulher agrega mais uma atividade em sua rotina, trabalhar fora. Entretanto, os afazeres domésticos continuaram a ser sua responsabilidade.

Mesmo que a mulher trabalhasse o dia todo fora, se seus filhos fossem mal educados ou não tivessem um bom desempenho na escola, a culpa era da mulher. Casa desarrumada ou suja? A mulher era bagunceira ou porca!

Mas não importava. A mulher vivia tempos de glória em que qualquer sacrifício valia a pena, pois agora não dependia mais do marido para comprar um simples absorvente. A mulher ganhara sua independência.

Dias atuais. Pouco mais de 40 anos após a liberação feminina. O que vemos? Mulheres estressadas por conta da dupla jornada, que têm um salário inferior ao dos homens, mesmo ocupando a mesma colocação.

Segundo pesquisa do IBGE, apesar de estarmos mais qualificadas, nosso salário equivale a 72% do orçamento deles. Nosso salário é inferior, mesmo representando mais de 32 milhões de profissionais no mercado de trabalho (clique aqui e leia mais).

Enfim, mas a ideia não é fazer um artigo feminista brigando pelos direitos das mulheres...

Costumo brincar que não queimei sutiã em praça pública e por isso, assumo, não sou favorável a este tal de “direitos iguais”. Vejam o motivo: hoje a mulher assumiu um papel estratégico no mercado de trabalho, certamente por sua inteligência, sensibilidade, intuição, amabilidade e emotividade (acreditem, em muitas áreas isso é fundamental), entretanto, ainda ocupa um papel ainda mais primordial dentro de casa. Com o mercado mais competitivo, o homem trabalha mais, estuda mais e é obrigado a se dedicar ainda mais ao trabalho, passando mais tempo longe de casa.

Com a mulher não é diferente. Ela também é cobrada por um desempenho exemplar nas empresas e ser casada e ter filhos, não pode ser um empecilho para se dedicar 199% ao trabalho (visão das empresas, ok?).

Por outro lado, ela também precisa estar presente em casa, principalmente as que têm filhos. Com a internet e o acesso rápido e fácil à informação, as crianças aprendem tudo que presta e não presta com a velocidade da luz e alguém precisa monitorar isso. Advinha quem faz isso?

Quem leva os filhos na escola, no médico, nas atividades extracurriculares? Quem vai às reuniões de pais, quem busca os filhos quando brigam na escola ou ficam doentes? Na maioria dos casos, as mães...ou seja, as mulheres. Claro que não estou generalizando, os homens também aprenderam a dançar esta nova música, mas não são todos. Grande parte ainda quer chegar em casa e ter o jantar pronto, a casa arrumada, os filhos limpos e educados, mesmo que tenha chegado em casa apenas 5 minutos depois de sua mulher.

Agora me digam? Que vantagem tivemos????

Para completar, ainda dividimos as contas do restaurante, as contas de casa, os homens (a maioria) não abrem mais a porta do carro para entrarmos, não trocam lâmpadas, não carregam mais nossas compras e muitos ficaram tão frouxos, que até medo de barata tem.

Pergunto de novo: que vantagem tivemos??? A tal realização profissional?

Independência financeira e sexual? A que preço...

Hoje a mulher está mais livre, mas muitas não souberam o que fazer com essa liberdade. Estão tão livres a ponto de não respeitar mais o marido alheio, por exemplo (não estou me referindo a todas, mas a uma parte).

Enquanto vinha para o trabalho hoje no metrô (o metrô sempre me rende ótimas estórias) ouvia duas mulheres (donas de casa e profissionais) conversando. O assunto era fazer o jantar depois de chegar em casa. Uma delas dizia: “Falei para o meu marido, que reclamava por não ter uma salada no jantar: Puxa, já tem tanta coisa para eu fazer sozinha e chego tão cansada, não dá para jantar sem a salada?”.

Preciso dizer algo mais?

Bom, podia ficar mais de hora escrevendo sobre o tema, mas prefiro encerrar com o refrão da mesma música que usei no começo do texto: Mulher! Mulher! Na escola em que você foi ensinada, jamais tirei um 10. Sou forte, mas não chego aos seus pés...

É isso ai! Até a próxima!

2 comentários:

  1. É mulher, mulher, mulher...Deus nos fez com o propósito dos homens não viverem sozinhos, então acredito que o par se torna um....e é necessário se ter a parceria.

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  2. Concordo com você, sem dúvida é necessário que o casamento seja uma parceria, mas sabemos que na prática, infelizmente, isso nem sempre acontece.

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